quinta-feira, 20 de outubro de 2011

MEDITAÇÃO É LIBERTAR A MENTE





                                             Pensamentos

Cquote1.svg O problema por conseguinte, é este: para que o homem possa transformar-se radicalmente, fundamentalmente, torna-se necessária uma mutação nas próprias células cerebrais de sua mente. Dizem-nos que devemos mudar, que devemos agir, que devemos transformar nossa mente, nosso coração, tornar-nos uma coisa totalmente diferente. Isso vem sendo pregado há milhares de anos por homens muito sérios, muito ardorosos, e também por charlatães interessados em explorar o povo. Mas, agora, chegamos ao ponto em que não há mais tempo a perder. Compreendei isto por favor. Não dispomos de tempo para efetuar gradualmente tal transformação. Os intelectuais de todo o mundo estão reconhecendo que o homem se acha à beira de um abismo, na iminência de destruir a si próprio. Nem religiões, nem deuses, nem salvadores, nem mestres, nem as lenga-lengas dos gurus, poderão impedi-los. Dizem os intelectuais ser necessário inventar uma nova droga, uma 'pílula dourada' capaz de produzir uma completa transformação química; e os cientistas provavelmente descobrirão esta droga. Não sei se estais bem a par dessas coisas. Ora conquanto o organismo físico seja um produto bioquímico, pode uma droga, uma superdroga fazer-vos amar, tornar-vos bondosos, generosos, delicados, não violentos? Não o creio; nenhum preparado químico pode fazer os homens amarem-se uns aos outros. O amor não é um produto do pensamento; também não é cultivável, como a flor que cultivamos em nosso jardim. O amor não pode ser comprado numa drogaria, e o amor é a única coisa que poderá salvar o homem - e não os artifícios das religiões, nem seus ritos, nem todos os exércitos do mundo. Podemos fugir, assistindo a concertos, visitando museus, entregando-nos a divertimentos de toda ordem - debalde! - porque o homem se acha hoje em dia em presença de um tremendo problema: se tem a possibilidade de transformar-se radicalmente, de efetuar uma total mutação de sua consciência, não amanhã, nem daqui a alguns anos, mas agora! Eis o problema principal: se o homem, em qualquer país que viva, com todas as suas belezas naturais, é capaz de operar uma mutação radical em seu interior, imediatamente. E não podeis resolvê-lo com vossas crenças, vossas ideologias, vossos deuses, salvadores, sacerdotes e rituais. Essas coisas já não tem o menor significado. Cquote2.svg
Cquote1.svg Podemos ir longe, se começarmos de muito perto. Em geral começamos pelo mais distante, o "supremo princípio", "o maior ideal", e ficamos perdidos em algum sonho vago do pensamento imaginativo. Mas quando partimos de muito perto, do mais perto, que é nós, então o mundo inteiro está aberto — pois nós somos o mundo. Temos de começar pelo que é real, pelo que está a acontecer agora, e o agora é sem tempo. Cquote2.svg
Cquote1.svg Meditação é libertar a mente de toda desonestidade. O pensamento gera desonestidade. O pensamento, no seu esforço para ser honesto, é comparativo e, portanto, desonesto. (…) Meditação é o movimento dessa honestidade no silêncio Cquote2.svg
Cquote1.svg Estou apenas a ser como um espelho da vossa vida, no qual podeis ver-vos como sois. Depois, podeis deitar fora o espelho; o espelho não é importante. Cquote2.svg
Cquote1.svg … Falamos da vida — e não de idéias, de teorias, de práticas ou de técnicas. Falamos para que olhe esta vida total, que é também a sua vida, para que lhe dê atenção. Isso significa que não pode desperdiçá-la. Tem pouquíssimo tempo para viver, talvez dez, talvez cinquenta anos. Não perca esse tempo. Olhe a sua vida, dê tudo para a compreender.




terça-feira, 29 de setembro de 2009

LIBERTAR A MENTE?





















Jiddu  Krishnamurti conduz seu discurso sempre na direção de um tema específico: a libertação do homem. A libertação do homem significa a libertação da mente humana, libertar a mente das reações habituais e mecanicas que reproduzem comportamentos condicionados a estes estimulos previamente estabelecidos.
Mas pode haver de fato esta libertação? Pode a mente se libertar da maior até a mais infíma reação psicológica? E qual é a natureza desta liberdade, trata-se da eliminação completa destes estímulos do campo mental, ou trata-se apenas de não reagir a estes estimulos?
Uma mente que compreendeu sua mecanicidade e se dispõe a se libertar de tal natureza (pois muitas percebem que são mecanicas mas isso não estimula o empenho da libertação: entender e agir são coisas distintas!) deve, necessariamente, estar alerta incessantemente a todos os seus movimentos, trata-se de um trabalho extremamente penoso, mas ao mesmo tempo, de uma viagem inigualavel de conhecimento e descobrimento.
Pessoalmente escolho o caminho do bom-senso, entendo que se a natureza concedeu ao homem a capacidade de condicionar-se, é por que tal habilidade tem sua utilidade. Neste sentdio, entendo que almejar uma libertação absoluta da mente é algo um tanto doentio e até mesmo utópico.
Afinal, existe algum fato que possa nos estimular a empreender a jornada da libertação absoluta da mente? Não ha condicionamentos que são muito úteis no nosso coitidiano? (o que não quer dizer que fiquemos desatentos aos mesmos).
A questão central, me parece, é compreender a capacidade da mente de condicionar-se, e o funcionamento deste mecanismo em nossas vidas.... compreendendo estes fatores a mente tem subsidios para utilizar-se dos condicionamentos convenientes e evitar os prejudiciais....